Vicentinos de todo o mundo deram um passo à frente para enfrentar o desafio da COVID-19. Desde restaurantes sociais no Perú a impedir a propagação do vírus em bairros informais nas Filipinas ou oferecendo apoio financeiro e espiritual a refugiados em Ruanda, os vicentinos reagiram ao grito dos pobres nos momentos mais difíceis.

Embora a COVID-19 seja um grande desafio para os vicentinos e nossos projetos e serviços em todo o mundo, isso não é novidade. Como o padre Robert Maloney CM nos lembrou, o próprio São Vicente de Paulo teve que enfrentar as pandemias de seu tempo e nos ensinou que, não importa o quê, nunca devemos abandonar os pobres, mas devemos tomar todas as precauções razoáveis para proteger nossa saúde ao servirmos os pobres em um momento como este.

A Aliança Famvin com as pessoas sem-teto não podia ficar de lado, e a Campanha “13 Casas” foi ampliada para incorporar a resposta vicentina à pandemia. Esta campanha já alojou cerca de 5.000 pessoas, graças à colaboração entre os ramas da Família. Sabíamos que a falta de moradia era um problema sério, mas que a COVID-19 e as medidas para contê-la piorariam a situação.

Lançamos um apelo de emergência que arrecadou mais de US $70.000 nas primeiras semanas, mas precisamos de muito mais para apoiar todos os projetos! Nosso apelo abrange as iniciativas vicentinas em Angola, Bolívia, Equador, Etiópia, Gana, Guatemala, Líbano, Madagáscar, Peru (2 projetos), República Dominicana, Filipinas, Romênia, Ruanda, Tanzânia e Ucrânia.

Os vicentinos forneceram comida, assistência financeira e espiritual ou equipamento de proteção aos desabrigados, grupos vulneráveis e trabalhadores da linha de frente. Essas iniciativas envolvem uma ampla gama dos ramos vicentinos, muitas delas trabalhando em ambientes muito difíceis. Alguns projetos já faziam parte da Campanha “13 Casas”, como a da Congregação da Missão no Líbano ou a “Color Esperanza” no Perú, que recebe refugiados venezuelanos. Outros aderiram como resultado do apelo, como a iniciativa da JMV na República Dominicana ou as de MISEVI em Angola e Bolívia.

Temos compartilhado as histórias daqueles que encontraram alívio graças a este trabalho. Como Véronique, de 91 anos, que vive no campo de refugiados de Mahama em Ruanda, onde o capelão local, padre Henri Matsinga CM (embaixador voluntário da FHA), oferece apoio espiritual e financeiro durante o confinamento.

Ou Ihor, que se mudou para outra cidade na Ucrânia pouco antes da quarentena e não conseguiu encontrar um novo emprego a tempo. Depaul Ucrânia o ajudou a conseguir um emprego e um abrigo, e agora ele está pensando em alugar um apartamento para reunir sua família quando o confinamento terminar.

Nas próximas semanas e meses, à medida que a primeira onda da COVID-19 recuar, o número de pessoas sem-teto em todo o mundo poderá disparar. Somente nos Estados Unidos, um estudo prevê um aumento de mais de 45% no próximo ano devido às consequências econômicas da quarentena e à falta de redes de segurança. Isso tornará os esforços e a colaboração dos vicentinos mais importantes do que nunca.